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É possível ouvir de todos os ângulos os gritos da Globo quanto aos seus princípios editoriais. Só que nesta quarta-feira (10) uma chamada do “Jornal Nacional”, exibida às 17h00, anunciou que a ex-vice-presidente de TI da Caixa Econômica Federal, Clarice Copetti, estava detida por ter por envolvimento nas fraudes do ministério do Turismo.
Foi somente quando começou o “Jornal Nacional”, que Willian Bonner disse que a informação era “falsa” e a notícia não procedia. Um “engano da emissora”. Segundo Clarice, a informação divulgada pela chamada do "JN" fez a vida dela, mesmo que por algumas horas, se tornar um caos. Amigos e parentes ligavam a todo instante para confirmar a informação de que estava presa.
“Um veículo de comunicação me colocou como ré, me julgou, fazendo o papel do Judiciário, e me prendeu, fazendo o papel do Executivo. Ou seja, assumiu as funções do Estado brasileiro sem sequer procurar se informar sobre quem eu era”, disse Clarice Copetti indignada com o telejornal da Globo.
Isso tudo alguns dias depois da Globo divulgar seus “princípios editoriais”, nos quais afirma: “A rapidez necessária ao trabalho jornalístico não se confunde com precipitação: nenhuma reportagem será publicada sem que esteja apurada dentro de parâmetros seguros de qualidade.”
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